EU TE AMO...

O curinga é uma carta do baralho que pode ser colocada em varias posições no jogo para cobrir vazios ou sequencias na falta de uma carta. Em muitas atividades são denominados “curinga” uma pessoa ou peça que assume o valor ou lugar de outra, por exemplo, no futebol o curinga é o jogador que cobre a posição de outro jogador, no guarda roupa é aquela peça que serve sempre na ausência, ou, quando não se tem ou não se pode obter uma nova, e assim é na vida.

Mas, não é sobre jogo de cartas, mas sim sobre das palavras que se usam ou são ditas como curinga sem medidas; por exemplo: “eu te amo” “te amo” “amo você” e por ai vai, como num jogo de palavras, mas com banalização e até chantagem.

Elas costumam ser muitas vezes usadas em casos de separação, o casal um deles  diz: “Eu te amo” por que não quer separar por medo, perda ou zona de conforto; outras vezes quando há um ato de traição fala-se “te amo” como um pedido de perdão ou um sinto muito pelo que se fez. Em uma conquista fala-se “amo você” para poder fragilizar o outro e desta forma obter a conquista. Quem não quer ser amado? Até num ato sexual se diz “te amo” para alimentar o ego do outro e assim alcançar o objetivo desejado.

Desta forma essa bela expressão tão sublime acaba sendo banalizada e usada como curinga em várias situações, como se o amor pudesse ser pensado, ou mensurado apenas como uma energia material.

Amor é um sentimento de entrega e não de cobrança, e por isso que não existe nenhum aparelho que possa medi-lo como quantitativo.
O amor é sentir em você o prazer de estar, ou não, ao lado do outro além de qualquer situação, e, não como uma simples expressão para tapar buracos e vazios emocionais dentro de nós.


As religiões e em muitas filosofias se prega o amor, mas alcançar esse amor verdadeiro e incondicional em nós é algo que transcende o nosso entendimento humano. Por isso devemos prestar mais atenção a esses vazios para saber como se preencher sem curingas de uma forma saudável e consciente, e vamos lembrar que o Amor se sente, ele não é pensado. Miguel Angel

Um comentário:

Unknown disse...
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