CASA OU CAVERNA.

Chamou-me atenção um texto de uma colega de profissão, e, aonde venho observando que nos dias de hoje há uma grande quantidade de pessoas com diferentes desculpas e motivos optando por ficar em casa e, com isso, cada vez mais elas não conseguem sair. Elas justificam para si próprias, e para os outros, que não querem fazer isso e o que tenho percebido é que esse “ficar dentro de casa”, de um ponto de vista psicológico, significa que elas estão se sentindo deprimidas e até desenvolvendo um estado de síndrome do pânico.

É claro que esse estado de ficar dentro de casa é uma forma de refúgio, segurança e proteção; mas, pergunto-me: será mesmo uma maneira de escamotear os medos? De se expor? De ver a realidade e a verdade de si próprio? E por que sair?

A casa representa nosso próprio eu, mas, lembro-me também de Platão (filósofo grego). Ele fala sobre o “Mito da Caverna”. O mito mais ou menos fala sobre prisioneiros (desde o nascimento) que vivem acorrentados todo tempo olhando para a parede do fundo da caverna, que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira atrás deles. Nesta parede são projetadas sombras deles mesmos e de estátuas representando, no imaginário, pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações. Um deles olha para trás e vê a saída (o mundo lá fora) e decide sair, e, ao retornar vai contar o que ele viu: a vida como ela é.

Esse estado de estar em casa (na caverna) simboliza o mundo que vemos, pois se apresenta através de imagens da TV, pelo computador (principalmente pelas redes sociais) e também por conflitos emocionais, doenças, e que não representam a nossa realidade, mas que só é possível conhecê-la “in loco”, quando nos libertamos destas influências, ou seja, quando saímos da caverna da casa.

Penso que essas pessoas estão tendo uma visão distorcida da realidade, por isso estão se sentindo prisioneiras delas mesmas por que não enxergam e não acreditam mais no viver.

Sair de casa, (da caverna) neste caso, é sair para a o mundo, para a vida real. Tem que ter coragem de sair para vencer seus próprios medos, sair da zona de conforto seja qual for ela, sem reservas, medos, receios e, desta forma, com toda certeza se tornarão confiantes e esclarecidas sem depressão e sem pânico ou qualquer síndrome que as paralise e as impeça de procurar a felicidade de viver novamente. Miguel Angel.

Um comentário:

Monique Bertoldi disse...
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