ENCONTROS E DESENCONTROS.

Vivemos atualmente em um imenso estado de solidão e tristeza, que muitas vezes denominamos erradamente de angustia, ansiedade e até depressão.
Podemos observar que muitos relacionamentos estão indo para o fracasso ou para um vazio emocional. Então me pergunto: O que será isso que estamos vivendo nos tempos atuais? Poderia ser uma questão social? Espiritual? Cultural? Emocional? Psicológica? Qual seria essa situação?
E ai? Estamos à procura de do que ou de quem? De alguém para se relacionar como? Como amigo? Como irmão? Como pais e filhos? Como uma família?  Ou um simples parceiro/a? Do que afinal de contas estamos à procura?
Isso é uma pergunta bem básica para poder acontecer esse encontro, e dessa forma continuar na reflexão, saber que tipo de encontro se deseja e se necessita. Por exemplo: Quais são as qualidades dessa outra parte desse tal encontro ou relação? É uma pessoa comum?  É da classe alta? Classe média? Independente? Bem sucedido (a)? Forte? Sensível? Como? Etc... 
Seja o tipo que se queira poderia dizer que estamos à procura de um ser imaginário, não real até um pouco ilusório, Por quê? Se não conseguimos saber quem somos nós emocionalmente, espiritualmente, nem psicologicamente será difícil encontrar o que buscamos.

Poderia até arriscar dizer que assim mesmo hoje poder estar em um tipo de relação encapsulada seja qual for  o nome e um determinado tipo você pode estar fadado/a na solidão, vivendo na tristeza ou num estado erroneamente chamado de depressão. Sabe por quê? Porque não teve tempo e não arranja tempo para permanecer no agora para se conhecer e permanecer e, por isso, que está no desencontro de você mesmo e não consegue encontra a sua outra parte.

Miguel Angel.

Perdeu! Perdeu! Perdeu!...

Começa a fazer parte do nosso dia a dia este verbo. Várias pessoas já o ouviram pelas ruas do Rio de Janeiro.  Alguns até brincam com esse termo, mas, o assunto é sério!...

Isso me leva a refletir sobre como está vivendo nossa sociedade? Se pensarmos pelo lado terapêutico o estado de “perder” vem acompanhado de medo, de raiva reprimida, de frustração e de fragmentação emocional para cada de um nós.

Existem pessoas que não estão escutando ou, que não querem escutar, se fazem de surdas para passar bem, com relação ao tal Perdeu! Perdeu! Perdeu!...
Mas, meus amigos vocês não estão percebendo que já estamos perdendo há muito tempo com essa classe de lideres políticos, dirigentes, e autoridades de várias áreas, com a lava-jato, propinas de empresas com superfaturamento, esquema de aposentadoria, Friboi, corrupção aqui, lá e em todos os lugares que são investigados. Por que agora?

A perda está instalada há muito tempo, não quero fazer apologia à política de esquerda ou de direta, nem que entra um e sai outro, só precisamos ter bom caráter, sermos direito, educados e corretos; isso poderia se dizer - uma meta social. Quando viajamos para América do Norte, para a Europa, ou para o Oriente é isso que percebemos. Por que nós ainda estamos no Perdeu! Perdeu! Perdeu! No Brasil?  

Sei bem que não adianta falar, por que muitas pessoas querem continuar sendo perdedores dentro de um sistema socialmente falido, sem lei, nem justiça, onde somos responsáveis por isso, sabe por quê? Por que o Rio de Janeiro é um paraíso para viver. Tem tudo que gostamos: praia, cerveja, sol, samba etc., uma grande ilusão.

Mais tem uma pessoa que hoje não pensa assim, meu antigo vizinho Alexandre morador de Laranjeira. Eu conheci seu filho Miguel Ayoub e vi esse rapaz crescer desde seus cinco anos. Recentemente Miguel, foi assassinado covardemente por um ser que faz parte desta sociedade perdida que sempre esteve na perda de seus direitos sociais e que acredita ser mais prático ser bandido. Isto é uma grande perda, sem retorno para um pai!

Pensando como pai que sou, nesta hora não existe, nem Deus, nem Jesus que deu a outra face, nem Buda, nem Alá, nem Karma como as pessoas acostumam falar, ou alguma mensagem psicografada por um espírito evoluído, nem ninguém que possa perdoar tamanha barbárie. Não tenho e nem terei explicação alguma que possa mensurar o sentimento de um pai, nesta hora, pois, está fora de qualquer entendimento físico, emocional e espiritual.

Então, até quando iremos ouvir? Perdeu! Perdeu! Perdeu!... Miguel Angel (um cidadão pensativo em resolver como não ouvir mais Perdeu! Perdeu! Perdeu!... Na sua liberdade, na sua segurança social e financeira).