A SINCRONICIDADE E A CASA

A Sincronicidade é um conceito que foi desenvolvido por Carl Gustav Jung para definir acontecimentos que se relacionam não por relação causal e sim por relação de significado, igual ou semelhante, ou seja, para Jung a sincronicidade existe cada vez que um fenômeno acontece dentro de uma pessoa e fora dela ao mesmo tempo e sem nenhuma ligação lógica aparente. 
Baseado nessa teoria de Jung, neste caso, podemos observar que o espaço que vivemos (A nossa casa) no sentido mais amplo e sincrônico vemos que ela atua como um símbolo e sinaliza de que modo nosso inconsciente influencia em nossas escolhas,  comportamento e atitudes. Ao observarmos a casa como um evento sincrônico e que não está relacionado com o princípio da causalidade, mas sim como um significado igual ou semelhante à pessoa,ou seja, a sincronicidade seria um evento de “coincidências significativas”.
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Amparado nesses princípios teóricos e psicológicos e através de experiência própria profissional na área de harmonização de ambientes venho comprovando que realmente a arquitetura, como evento sincrônico, pode-se dizer que a casa é uma projeção do nosso inconsciente que se projeta no espaço dando um significado especifico no uso das formas, cores e materiais, como também a distribuição dos cômodos na planta baixa do imóvel, atuando como reflexo de nós mesmos e indicando tendências da nossa saúde física e de nossos comportamentos, atitudes e estado emocional.

Podemos verificar também que existem alguns com estudos filosóficos mencionam esse assunto. O filósofo Gaston Bachelard afirma (em seu livro A Poética do Espaço 1948) que a casa tem seus próprios símbolos, e se desenvolvêssemos toda esta simbologia diferenciada aplicada aos espaços tais como sala, cozinha, corredores perceberíamos a autonomia dos diferentes símbolos e veríamos que a casa constrói ativamente seus valores, na esfera do inconsciente. O próprio inconsciente tem uma arquitetura de sua predileção.

Baseado nesses princípios pode-se afirmar que: A casa realmente escolhe você! Miguel Angel.



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