OS INCENSOS

São misturas de ervas, aromas, ou seja, misturas de componentes alquímicos que possuem a função básica de elevar espiritualmente, tanto o ambiente como o próprio ser. Quando se acende um incenso, deve-se saber para que serve, e, qual é sua finalidade.
Os indianos são, sem dúvidas, conhecedores da verdadeira função do incenso e o utilizam até hoje para esses fins.
 

Na cultura deles o incenso é usado para interligar a pessoa ao externo de seu corpo através da atmosfera aromática, pois seus pigmentos ficam revezando entre o corpo (respiração) e o ar que o cerca. A natureza contém recursos que ao penetrarem em seu corpo tendem fazer efeitos em diferentes regiões do mesmo.
 O uso de incensos sempre foi comum em várias civilizações e em épocas diferentes da história da humanidade. Em geral, eram usados por sacerdotes e magos, em rituais religiosos ou mágicos.
 

Hoje, o uso de incensos se proliferou de tal maneira que qualquer pessoa compra e usa incensos com a maior naturalidade e facilidade em sua casa ou no trabalho.
 Assim sendo, existem incensos que tranqüilizam que aumentam o apetite sexual, que fertilizam que encorajam etc., mas a maioria das pessoas ,no ocidente,  se enganam muito comprando-os na esperança de obter soluções para seus problemas de forma mística.  Quando escrito que "afasta doenças". Eles não têm a magia de afastar as doenças, apenas tornam o ambiente impróprio para proliferação de determinados insetos transmissores de doenças e que melhoram a sua respiração e quando está escrito que têm "boas influências", eles não trazem boas influências gratuitamente, eles apenas condicionam melhor a região cerebral que o leva a tomar decisões. Por isso, existe uma grande profundidade de aromas para se avaliar bem e atuar, há diversos usos, entre eles: harmonizar, aromatizar e purificar ambientes; elevar preces e pedidos, modificar nosso estado emocional, mental, e para diversas formas de relaxamento etc.

O incenso acalma, perfuma, unifica. Ao acender uma vareta, bastão ou fragmento de resina, um ritual acontece e ganha força: o fogo se une às ervas e um aroma agradável é exalado pela fumaça, que se torna parte do ar, simbolizando a nuvem que sobe unindo terra e céu.
 
Para várias culturas, o incenso é um elo com o sagrado, por esse motivo, pode-se dizer que o uso do incenso é tão antigo quanto à humanidade. Como oferenda, possui duas funções: a de agradar e homenagear os deuses e a de fazer os pedidos chegarem mais rápido até eles. Desde então, essa é uma das principais finalidades para o uso do incenso.

A civilização egípcia foi a primeira a registrar seu emprego com a intenção de afugentar os maus espíritos e homenagear seus deuses. Mais adiante, na Bíblia, o incenso aparece como um dos presentes levados pelos três reis magos a Jesus.
 
É na Índia que o incenso ganha a força e o contorno que, anos depois, veio a ser comercializado: uma mistura de ervas e resinas em forma de vareta. Nos rituais Hare Krishna, a religião que difundiu o uso dos incensos por aqui, ele permanece no altar e é oferecido a Krishna (ou Vishnu). Da Índia, o berço do hinduísmo e do budismo, o incenso se alastrou pelo Oriente na medida em que essas religiões ganhavam território. Foi levado para a China e chegou ao Japão no século VI, onde foi adaptado para um bastão, sem as pontas de madeira. Nesse país, uma das finalidades do rito é marcar o tempo da meditação. No zen-budismo, ela tem início quando o incenso é aceso e acaba quando ele termina. O bastão ajuda a criar a harmonia e pode ser visto como um símbolo da impermanência.

No budismo tibetano, o incenso é o símbolo da generosidade e do desprendimento. É um dos elementos que representam os prazeres sensoriais, no caso o olfato. A proposta é oferecê-lo para as deidades pois dessa forma, a pessoa exercita o desapego dos prazeres sensoriais que é entregue como presente e se vai com a fumaça. O incenso também deixa o ambiente agradável, livre de energias negativas. É capaz de tornar ainda mais forte um ritual do qual participam várias pessoas, todos ficam na mesma vibração. Seu caráter purificador é especialmente utilizado pelos muçulmanos. No Islã, as pessoas têm o hábito de acender o incenso às sextas- feiras, que é um dia sagrado. Pode-se recitar um surata (capítulo do Alcorão) e pedir a Deus para que ele purifique a casa.

No Catolicismo pedrinhas de olíbano são colocadas sobre brasas em um turíbulo, que é balançado na igreja e em torno do altar para purificar o ambiente.
No Zen-budismo, o incenso em bastão marca a meditação e é colocado em um recipiente com cinzas sobre o altar, onde há uma imagem de Buda e flores.
No Islamismo é utilizado para a purificação do ambiente, em geral sob a forma de pedrinhas douradas e amarelas queimadas em um utensílio chamado majamra.

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