Essa pandemia que vivemos é real.
Sofremos na pele e sem dúvida alguma, difícil de esquecer.
Penso nesse momento que todo esse
processo vivido torna-se como uma anestesia que paralisa, levando até a perda
de identidade. Não sei mais quem eu sou.
Com medo de sair de casa, atitudes
como evitar contato social, ser compulsivo com a higiene, têm levado as pessoas
a perder o sono, sentindo se deprimidas, utilizando até antidepressivos,
ansiolíticos, comidas e bebidas como fuga.
O que é real em tudo isso?
Ilusão ou anestesia?
Acompanhando a mídia, tomo
conhecimento de hipóteses, entrevistas, depoimentos, reportagens, teses,
ficando anestesiado, letárgico, ignorando o que vai acontecer.
Fazendo uma analogia estou me
preparando para em um futuro próximo realizar uma cirurgia. Procedimento que irá
restaurar alguma parte de mim, podendo ser físico ou emocional. Alguma coisa
que será cortada e vai depender da maneira como estou reagindo a essa situação.
Vivendo no olho do furacão, além
da explicação científica, comenta-se que a pandemia é uma manipulação; que esse
vírus sofre mutação desconhecida; comenta se que é limpeza espiritual, castigo
do céu, karma e até Darwin entra nessa história com a Seleção Natural.
Sei mais nada. Sei que estou no
meio, anestesiado, capaz até de perder a minha essência. Não é possível
novamente...
Sair desse estado de anestesia,
sem ser logo operado, prolonga um sofrimento, pois a cirurgia pode ser mais
severa e a recuperação mais demorada.
Os cuidados necessários no
pós-operatório me levam a pensar em repouso e dietas. Precisarei desapegar de
hábitos que não são mais saudáveis, de atitudes erradas que fiz e que não
poderei fazer mais...
Insisto, quero a volta ao normal,
mesmo com protocolos que me levará a uma recuperação rápida, pois anestesiado
fico mais vulnerável e longe da cura.
Miguel Angel.
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