ANTES DO NATAL...


E chegou a famosa caixinha de Natal. Somos convocados a participar de livre e espontânea vontade, ao mesmo tempo sem graça em dizer não.

Recebemos a pergunta , engolimos a seco, sem maior constrangimento dos locutores, sendo coisa normal, com som verbal obrigatório,  já ensaiada anos passados ou praticada após lavado o rosto.

Pode ser com outro nome, livro de ouro ou na mesa da recepção de um local, uma caixa física enfeitada com o momento festivo e outra opção bater palmas,  para o mundo saber que é hora de dar, muitas vezes, reforçando com o som de um sininho agudo lembrando a caixinha.

Quem normalmente está  solicitando, recebe 13º salário, mas, precisa pedir. Posso considerar muitas vezes , pobreza espiritual, ou aquele famoso jeitinho, "vou me dar bem", afinal é tempo de amor... caixinha , caixinha, caixinha, caixinha ... 

Será que precisamos participar para não ver cara feias e tristes, medo de não receber ajuda, atitudes ameaçadoras como arranhar nosso carro , falar pelas costas, denegrindo nossa imagem?

- O que representa essa caixinha?

- Ajuda, gratidão ou culpa?

- Dar ou não dar? Eis a questão...

- Encher a caixinha vazia do outro e esvaziar a nossa?

Para minha caixinha, eu  economizo. Acordo cedo e trabalho, poupo, enfrento e supero obstáculos. Sou acolhedor, simpático, mantenho a auto estima e a dignidade, encontrando a confiança de vencer através do equilíbrio emocional e não espero chegar o Natal.

Tomo  leite de caixa de supermercado para não ser bezerro. 

- Qual a sua opinião sobre caixinha? 

- Em quantas caixinhas você já deixou a sua energia?

Miguel Angel.  


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