-Será que sabemos o que queremos alcançar e onde chegar na
caminhada?
Vivemos acelerados correndo atrás de alguma coisa que não sabemos
bem o que é.
Identificar o que nos acelera e o que nos impulsora para fora é a chave da vida.
Hoje é a bendita imagem.
Com ela em nossas mãos, nos vendemos, nos promovemos, divulgamos, expomos,
nos projetamos.
A imagem é passageira.
Expomos barriga tanquinho, bíceps voluptuosos para mostrar força, corpo
perfeito de um Deus grego saído do Olímpio.
- Para que e para quem?
Bustos avantajados, simétricos, com mililitros bem calculados, cabelos
lisos e alguns alourados, pernas desenhadas musculosas acompanhadas de glúteos
arredondados, incorporando a Deusa Afrodite, filha de Zeus.
- Para mostrar o que e para quem?
Bendita imagem. O SER, por inteiro e distante, está muito mais profundo. Poucos querem acessar, A imagem no voil é mais fácil de mostrar.
Expomos ganhos financeiros, com fotos em lugares sofisticados, restaurantes, hotéis, para mostrar o tão importante somos para o mundo...
Pratos de comidas caras, vinhos selecionados, dancinhas sensuais, carro do ano, vestidos eróticos, motos em alta velocidade, lugares turísticos... aff...
-E onde está nossa verdadeira imagem, aquela que não queremos mostrar?
-Será que imagem mantém uma boa relação?
-O que torna um relacionamento afetivo saudável, saído de um poema
de Gibran?
-Será que a imagem que expomos ao mundo globalizado demonstra afeto,
amizade, lealdade, companheirismo, sinceridade, verdade, compreensão, atenção e
cuidados com outro?
As imagens passam e não duram para sempre, apesar de termos uma
incrível capacidade de armazenamento na memória visual. Por outro lado, nossas
emoções e o atual modelo de comportamento bloqueiam as nossas ligações sinápticas,
impedindo de sentirmos, mascarando a nossa verdade.
William, você já tinha escrito sobre isso “Ser ou não ser, eis a questão”, recitado por Hamlet em 1602.
Miguel Angel.
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