O fechamento do último texto que escrevi justamente essa dúvida: a sua sonhada salvação pode transformar-se na sua
prisão.
É muito interessante comentar sobre isso porque vejo esse
dilema em várias situações, dia após dia, em pessoas de vários níveis sociais
e, em algumas de minhas consultorias.
Vivemos almejando possuir coisas, mais e mais, passamos a
querer controlar tudo a nosso redor. Sonhamos em conquistar sonhos, como por
exemplo: um bom trabalho, uma boa casa para morar, bom salário para viver bem,
um bom relacionamento, um bom namoro de conto de fadas, um casamento de reinado
ou um parceiro, parceira para passeios. Desejamos
ter um negocio próprio, sermos donos de nossa vida... Historias sem fim.
Vejo que a maioria das pessoas consegue sim! Por exemplo:
estão procurando um bom emprego (dinheiro), mas depois reclamam que perdem a
liberdade de viver porque são explorados e por causa de esse bom emprego, ficam
presos a ele durante anos sem poder viver a essência da vida. Porém, nesse momento,
o dinheiro é o mais importante. Precisamos parar e pensar: Quem é mesmo o dono
de quem?
Outro caso comum é comprar um imóvel para viver o sonho
de consumo (o castelo) em um bom lugar de acordo a sua renda. Depois de um
tempo desistem dessa ideia por que querem ir para outro lugar, mas não
conseguem vender ou mudar desse grande sonho e desejo antigo e ficam presos ao
lugar por inúmeras razões.
Outra situação e que as pessoas querem e procuram é um relacionamento
estável, concreto e duradouro (o príncipe ou princesa), mas, depois de
conseguir descobrem que não amam, e ai estão presos/as à relação, ao lugar, ao
espaço que construíram porque não tem para onde ir ou porque não querem perder a
estabilidade. Ou ainda porque não querem encarar a vida sozinha/o. Com isso
caem na zona de conforto (ou seria desconforto?).
Outra situação muito comum é querer mudar de cidade ou
país por uma melhora financeira, estabilidade, segurança e, depois descobrem que
estão com saudade da família, dos amigos do bairro, do padeiro, do vendedor da
banca do jornal, da mistura de sons e cores da feira de domingo... E não querem
ou não conseguem vender ou se desfazer das coisas que construíram.
Por esses e tantos outros motivos vamos prestar atenção: Cuidado! O que hoje aparenta ser a salvação amanhã
pode ser a prisão. Miguel Angel.
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