Com todas as informações que estou recebendo pelas
redes e vendo esses deuses e deusas do Olimpo competir, me projeto na Grécia.
A realidade é outra. Rio de Janeiro. Vivemos treinando
sem perceber, o quanto somos atletas urbanos sem pódio.
Vou sugerir algumas categorias que correspondem
ao nosso dia a dia com possíveis chances de conquistar medalhas.
Uma primeira prova seria de grande
importância é a corrida de obstáculos dos 100 metros do cheque especial, cartão
de crédito, de contas a pagar, dívidas adquiridas e as taxas correndo atrás de
nós.
Outra modalidade, corrida, podendo ser 100,
200, 1000 metros ou até uma maratona, a mais realista e próxima de nosso viver:
O nosso trabalho. A cada dia, novos clientes, pacientes, fazendo vendas,
fechando novos negócios e sempre com o propósito olímpico de ganhar dinheiro
além de correr de arrastão e ladrões de ruas.
Na prova de natação, podemos nos candidatar
ao estilo 100 metros nado de costas, para que o nosso passado não interfira no
presente, nas atitudes e comportamentos negativos . Outra variante seria nado
100 metros borboleta, para continuar nos transformando e poder crescer nessa
atmosfera social de crise. No estilo crowl 100 metros, nadar contra as emoções
negativas, impunidade social, depressão,
impotência sobre a corrupção , contra o medo futuro e com a sensação de
estar sempre nadando contra corrente.
No remo, talvez uma boa prova embora não
sejamos “expert”, seria skiff; 500 metros, remando contra o pensamento negativo
desse consciente coletivo de frustração, remando contra os preços abusivos expostos e tentar manter o equilíbrio e o foco de nossa vida porque se sairmos
do pensamento o barco afunda.
No judô, seria mais interessante observar do
que participar. Ficar no tatame observando atentamente a luta, para não levar
rasteira de parentes e amigos, e nos defender contra nosso próprio sabotador
interno.
SEM NEGLIGENCIAR E RECONHECER O VALOR DOS ATLETAS,
acreditem mesmo não aparecendo nas mídias, já ganhamos medalha sim. Lembrem-se
que sempre fomos e somos heróis e heroínas da nossa história ,sem pódio e sem
medalha.
Treinem mais. Firme, forte e com disciplina.
O OURO CHEGA NO PEITO.
Miguel Angel